sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fados com aditivos


Time Out Lisboa, 2-8 Set., 2009

Em Alfama estão a decorrer, nas últimas Sextas-Feiras de cada mês, sessões de fado vadio, curiosas frescatas modernas, que não se contentam apenas com fado, pois não. Temos mesmo de admitir que fado, nos tempos que correm, não é garantia de rambóia para ninguém, e que outros acontecimentos artísticos e sociais se impõem, não fôssemos nós actores nesta praça que engloba a diversidade do Milénio. É assim, fado vadio num dos bairros mais castiços de Lisboa, mas de braço dado com a contemporaneidade, não vá o Diabo tecê-las (vá lá, não lhe chamemos modernice, embora apeteça). Confesso que deve haver espectáculo, se ao Fado aprouver a devida Apelação. Comes e bebes garantidos, como diz a notícia, esses, pelo menos à antiga portuguesa acredito serem.

4 comentários:

  1. Um espectáculo!, é do que mais necessitamos, de facto... Comes e bebes, também!..., mas nada de abusos, para não se ficar com o discurso um bocado baralhado, porque "isto é assim" - ou sou eu que estou ficando embotada, ou será a Ângela que, tendo lá estado, na volta, não se expressou convenientemente e deixou-me aqui pendurada na 1ª linha, a ver se entendo o que significa "todas as últimas sextas-feiras do mês" ?!... qual mês?! Há algum mês que tenha mais do que uma última 6ª feira?!...
    Valeu-me a TiMªBenta que vem a referir, e bem, que se trata das "...últimas 6ªs feiras de cada mês", o que faz toda a diferença a nível da correcta expressão do pensamento... Portanto, a culpa não é só do Frederico que, olhando à sua volta e pensando na tomatina, logo decidiu investir numa grande cardina Alfado, congénere daquela em terras Lusas!... Deste modo, pensa o iluminado Frederico, "iniciar talvez uma nova tradição" ???!!!... :) a futura tradição das "Artes Performativas em Alfama" (caramba!), pelo que, muito certamente, todos os vindouros lhe ficarão eternamente agradecidos e que, sendo o que eu imagino que seja (uma vez que não consigo encontrar no maldito dic. de português aquela tão portuguesa palavra performativa...)essas artes já existem desde Baco, mas com outra designação, e promovem, para além da desejada fusão multicultural, a procurada confusão de quem não sabe muito bem o que anda a fazer e que, por certo, muito agradará aos fregueses de Alfama os quais, provavelmente, irão ter toda a mesma enorme alegria, no seu bairro, que têm, há largos anos, os fregueses do Bairro Alto e, por esta promoção e igualdade de tratamento,irão ficar imensamente agradecidos ao vizinho Frederico...
    Olhe, Comadre, eu estou como a Ângela -vou lá estar todas as últimas 6ªs feiras do mês... p'ró Fado, p'rós comes e bebes e demais artes performativas e a Comadre, querendo alinhar, é minha convidada!
    Agora é que a tomatina vai ver o que é uma cardina!........ :)

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  2. Eu acho que a Ângela já lá devia ter estado, numa última Sexta-Feira de um qualquer mês que não conhecemos... quem sabe?? Mas ela saberá! É que bacantes assim, acompanhadas por esses Dionísios flamejantes, só podem sustentar-se na confusão das acções, das criações e até da linguagem. Performativo, pois bem! Já sabemos que, sem isso, nada feito; tudo seria demasiadamente expectável sem o tão desejável delírio conceptual. Como se diz hoje em dia, ou mais ou menos desde os anos 60, performativa seria também essa conceptualização e exploração espacial da acção artística que até permite, caso se intente, definir quantas últimas Sextas-Feiras existem num mês... em puro e intencional delírio! “Iniciar tradições” é a tal velha arte...:) E quanto aos vizinhos lisboetas do Bairro Alto... há que dividir o mal pelas aldeias, não é comadre Fadista? Certamente o Frederico concordará.

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  3. Ti Maria Benta,

    Só queria dizer-lhe que finalmente terminei o artigo sobre o João Linhares Barbosa e publiquei-o no meu blog Guitarras de Lisboa. Acho que você tinha interesse em lê-lo, assim que já está disponível no link:

    http://guitarrasdelisboa.blogspot.com

    Espero que goste!

    Beijinhos,

    Antón.

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  4. Antón, muito obrigada pela gentileza! Com todo o gosto dedicarei o tempo necessário a lê-lo e oportunamente comentarei.
    Até breve!

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