terça-feira, 15 de novembro de 2011

Berta Cardoso em 78 RPM












Ao observar a lista de material discográfico no acervo do Museu do Fado pensei que seria muito interessante recuperar as gravações em 78RPM. Em primeiro lugar porque raramente estes discos devem ser tocados (por questões de conservação) e deveriam, em segundo lugar, ser transferidos para suporte digital (se já não o foram) e comercializados. Assim todos teríamos acesso às canções nestes discos sem a necessidade de desgastar os originais. Outra ideia interessante seria disponibilizar alguns fados em streaming no próprio site do museu e enriquecer ainda mais a forma como interagimos com a colecção.

Fonte das imagens: Museu do Fado

Ilustração e fado




Caros leitores (se por aí ainda persistir algum). Fui ao blogue da minha vizinha do lado e vi uma coisa maravilhosa. Um blogue com desenhos de fadistas. Além dos magníficos desenhos, as montagens gráficas também estão notáveis. A obra é da autoria do ilustrador Raulowsky. É bom que o fado tenha a visibilidade além fronteiras, não só pelo seu valor patrimonial como pelo valor musical e poético. Cada letra um poema, cada poema com uma canção e cada canção com uma voz que lhe dá vida. O fado pode e deve ser uma arte em movimento. Uma arte para todas as artes e uma arte que revisite todos os tempos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

«A grande Beatriz da Conceição e a extraordinária Berta Cardoso»

Publicado no Jornal Hardmusica
Um disco (formato CD) que vale a pena adquirir para quem tem interesse em conhecer o trabalho da única fadista do grupo que raramente é referenciada em colectâneas do género e que ainda não tem uma compilação editada com os seus fados. Estes discos valem pela possibilidade de ouvir gravações antigas e poder ouvi-las em formato digital. Finalmente vai-se falando de Berta Cardoso, vão-se publicando uns fados aqui e ali, nesta ou naquela compilação. Sente-se a falta de um bocadinho mais no que ao que esta fadista diz respeito.

«Entre as quatro gravações escolhidas de Beatriz da Conceição todas de 1973, está “A menina dos meus olhos” que Mariza retomou no seu último CD, “Fado Tradicional”.
Interpretação única, azougada, de grande valentia a que demonstra Beatriz da Conceição que canta ainda “Eu preciso de te ver”, “Lisboa é testemunha” e “Minha alma de amor sedenta”, este último numa interpretação pungente e de antologia.
Beatriz da Conceição foi distinguida há dois anos com o Prémio Amália Rodrigues Carreira, mas faltou à cerimónia de entrega.
Berta Cardoso é um dos expoentes do fado, e hoje, curiosamente, muito esquecida. Nesse sentido recomendaria a visita ao site da fadista que foi alvo há alguns anos de uma exposição e várias iniciativas (e muito justamente) sobre a sua carreira, no Museu do Fado.
José Manuel Osório não pôde fugir ao emblemático “Cruz da Guerra” que resistiu aos tempos. A data referenciada desta gravação é de 1979 pela Riso e Ritmo.

Da grande Berta Cardoso é escolhido um interessante fado Triplicado, “Noite de S. João”, uma interpretação brilhante do fado Corrido, “Meu amor fugiu do ninho” com uma engenhosa letra de Linhares Barbosa, e um magnífico fado de João Maria Rosendo (letra e música), “Testamento”.
Carlos Zel canta como poucos e num estilo muito seu, o fado dos Sonhos, de Frederico de Brito. Uma brilhante interpretação. Outro é o “Fado d’Outrora”, num ritmo excelente que dá vontade de dizer: “Ah, fadista!”. Ambos os fados são de 1996.

No Fado Vianinha, canta “Nossa Senhora do fado” que há quem aponte como uma dedicatória a Amália Rodrigues de quem o fadista era amigo e admirador, e no Dois Tons, “Mais anos de fado”.
De Carlos Macedo, que foi guitarrista de Maria da Fé e a acompanhou numa memorável digressão ao Brasil, José Manuel Osório escolheu dois temas de 1977, ambos de Vasco de Lima Couto, em que está já lá a nota baladeira do fado de Macedo.

Os dois outros temas são de 1985, um deles assinado por Maria Manuel Cid, “Rouxinol da Caneira”, e “Velho Friagem”, de Raul Ferrão e Fernando Farinha. Uma nota para o acompanhamento nestes dois fados, entre os instrumentistas está Paquito, José Fontes Rocha e Tó Moliças.»

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Parabéns (super) atrasados Soldado do Fado!



Bem, mais uma vez, só agora me lembrei. Mais vale tarde que nunca.
No dia 14 de Junho de 2011 o Soldado de Fado cumpriu 2 anos de militância. Apesar deste segundo ano não ter sido nada produtivo, sempre podemos ter orgulho num blogue exclusivamente sobre fado tradicional que vai fazendo um esforço por se manter actualizado.
Obrigada aos leitores, àqueles mais pacientes que ainda vêm espreitar se já caiu algum verbete novo e aos outros que já se esqueceram.
Saudações fadistas!

Morreu o fadista e estudioso de fado José Manuel Osório

Público, 11.08.2011 - 19:55 Por Lusa

De entre as poucas pessoas que se dedicava ao estudo e divulgação do Fado, que tinha acesso directo a material sonoro que resolveu estudar e difundir, encontra-se José Manuel Osório, falecido no dia 11-08-2011 aos 64 anos. Uma perda no domínio da cultura portuguesa e da tradição urbana, que não desaparecerá do panorama intelectual que ajudou a construir. Ficará sempre entre os que ficaram gratos pelo seu trabalho e entre os que com ele contactaram pessoalmente.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SPA cria grupo de fado

Jornal Hardmusica

«O grupo que, entre outros, integra o poeta José Luís Gordo e o músico Pedro Campos, propõe-se reflectir sobre "o sistema de registo de novos textos criados para músicas clássicas do repertório fadista", afirma a SPA numa nota.

Na área do fado esta é uma questão sensível pois uma mesma letra pode ser cantada em músicas diferentes, assim como uma música pode servir a centenas de letras diferentes. O essencial para que melodia e letra se conjuguem é a métrica e acentuação.

Este grupo irá assim reflectir sobre a interpretação de novos poemas em melodias tradicionais como "Fado Bailado", "Fado Lopes", "Fado Vianinha", "Fado Primavera", "Fado Mayer", "Fado Santa Luzia", "Fado Franklin de Sextilhas", "Fado Isabel", "Fado Mocita dos Caracóis" ou o "Fado Vitória", entre outros.

Estima-se em cerca de 250 o número de fados considerados tradicionais, com autores conhecidos, fazendo parte da tradição fadista a interpretação de novas letras em melodias consagradas, ou a interpretação da mesma letra em melodias diferentes.

Um dos exemplos, entre muitos, é a “Toada do Desengano”, que Mariza criou na melodia do "Fado Franklin de Sextilhas", e Luísa Rocha gravou este ano, no "Fado Acácio", sendo o mesmo poema de Vasco Graça Moura.

Outro exemplo, entre muitos, é o "Fado Vitória", composto por Joaquim Pimentel, que José Profírio gravou com a letra "O Rouxinol do Choupal", enquanto Fernando Maurício gravou, de Gabriel de Oliveira, "Igreja de Santo Estevão", e Amália Rodrigues escolheu um poema de Pedro Homem de Mello, "Povo que lavas no rio".

Do grupo de fados tradicionais só três, considerados a base, não têm autor atribuído: o "Fado Menor", "Fado Corrido" e o "Fado Mouraria".

No tocante à exportação, o grupo agora formado, que inclui ainda os poetas Maria de Lourdes Carvalho e Tiago Torres da Silva, irá trabalhar “em articulação com o Gabinete de Exportação da Música Portuguesa”, diz a mesma nota.

“O apoio a novos autores desta área e a articulação da SPA com o processo de candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade, bem como a dinamização do protocolo celebrado em 2010 com o Museu do Fado” são outras das atribuições do grupo de trabalho.

Este grupo integra também os músicos e letristas Tozé Brito e o Carlos Alberto Moniz.»
(IB)


E o "Fado Dois Tons" tem autor? Ou será apenas uma subcategoria?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

«Portal do Fado constitui base de dados de letras e músicas»

É o que podemos ler na notícia publicada pelo Hardmusica - Jornal de Cultura e Lazer.
Aqui se transcreve o texto:

«"A ideia começou por termos imensos pedidos de letras e quais as músicas, nomeadamente as tradicionais”, explicou um dos proprietários do site, Sérgio Miranda.

O site www.portaldofado.net é visitado diariamente por cerca de 2.500 pessoas, com uma acentuada fatia percentual de estrangeiros, disse o responsável.

Da ideia de responder aos pedidos, a equipa do Portal do Fado, projetou uma base de dados que além das letras incluísse os autores, os intérpretes que gravaram, o ano de criação e outras observações de interesse.

Na área fadista esta é uma questão sensível pois uma mesma letra pode ser cantada em músicas diferentes, assim como uma música pode servir a centenas de letras diferentes.
O essencial para que melodia e letra conjuguem é a métrica.

Sérgio Miranda reconheceu que “é uma teia complicada” mas sublinhou a necessidade de “uma memória correcta” desta tradição, tanto mais que “muitas vezes surgem letras adulteradas” e autores incorrectos ou nem sequer mencionados.

O investigador José Manuel Osório, por exemplo, contou à Lusa, que o fado “Mãos Sujas” de Frederico de Brito, que está registado, foi durante anos atribuído a outra pessoa que “calmamente recebia os direitos de autor”.

Sendo uma tradição marcadamente oral, facilita algumas trocas e involuntários erros, disse Miranda.

O gestor do Portal do Fado citou vários exemplos de cruzamentos que “baralham”.
“O fado ‘Rosa da Madragoa’ foi criado pela Lucília do Carmo, mas a Raquel Tavares também o canta e há pequenas alterações”, disse.

“A Amália por exemplo, recuperou muitos fados que eram interpretados por outras fadistas ou até intérpretes”, acrescentou.
Entre outros, do repertório de Amália consta “Fado Faia”, uma criação de Berta Cardoso, e também “Fado do Ciúme” ao que cortou uma estrofe, este, uma criação de Maria Alice.

“Nestes casos toma-se como criador o primeiro, apesar de nem sempre se ter a certeza absoluta, e acrescenta-se os outros que também gravaram o mesmo fado”, esclareceu.

Um exemplo é “Fui ao Baile”, criado no teatro de revista por Maria José da Guia, mas que foi gravado por Fernanda Baptista que a substituiu no teatro.

Outras situações são por exemplo, referiu, o tema “Toada do Desengano” que Mariza criou na melodia do Fado Franklin de Sextilhas, e Luísa Rocha gravou no Fado Acácio, “sendo o mesmíssimo poema de Vasco Graça Moura”.

A base de dados será preenchida pelos utilizadores cabendo aos gestores do Portal fazer a confirmação e procurar as fontes seguras da autoria, o que passa por “um trabalho mais sério com a Sociedade Portuguesa de Autores, mas também instituições que estão no meio como o Museu do Fado ou a Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF)”.

A equipa do Portal constituída por Sérgio Miranda (designer gráfico) e Miguel Amaral (guitarrista de fado) reconhece que a base de dados é uma ciclópica tarefa.
(IB)»

A ideia de base de dados relacional para este assunto em concreto era gira. Necessita de indexação e vocabulário controlado :)

domingo, 12 de junho de 2011

Festas de Lisboa 2011!!!




"A sardinha é minha", a Festa é nossa e... mais um fado para animar as hostes deste blogue suspenso nos patamares do tempo. Nas escadarias, ruas, ruelas, bairros, é que é a festa e uma pessoa sabe qual o bairro mais querido para comemorar os Santos Populares: a Madragoa, com um passeio por Lisboa inteira. Vamos então, na companhia de Mariema.





Mariema canta Anda Lisboa
(N. e Sousa - J. Bragança)
Orquestra Dirigida por Jorge Costa Pinto




«No recinto descoberto do ABC folheava-se o programa com interesse à procura do nome da jovem artista que estava a estrear-se tão auspiciosamente - Mariema se chamava a estreante! Num ambiente de agrado total, ela lá continuava a cantar, meneando a cabeça, gingando o corpo, enrolando no ar as suas mãos, em atitudes de "neo-fadistismo" isento de carrascão. Em Mariema há bairrismo, sim! Mas bairrismo de apartamento com três soalhadas e um grãozinho de "twist" sem largos espaços para amalucar.» Igrejas Caeiro (22-07-1964)

sábado, 28 de maio de 2011

Finalmente?

Público, 28.05.2011 - 16:27 Por Lucinda Canelas

Protocolo

Ministério e CML chegam a acordo sobre futuro do "espólio do fado"


«Dez anos e seis ministros da Cultura depois, a situação do "espólio do fado", nome por que ficou conhecida a colecção de oito mil registos fonográficos reunida pelo britânico Bruce Bastin e vendida a Portugal por 910 mil euros em 2009, vai ser resolvida formalmente. Como? Através de um protocolo entre o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Lisboa, que deverá ser assinado na próxima semana e que estabelecerá as condições de preservação e estudo do acervo que está há quase três anos no Museu do Fado.

"O que o protocolo vai fazer é regular a forma como a colecção vai ser gerida entre o ministério e a câmara, os dois co-proprietários", disse ao PÚBLICO Miguel Honrado, presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), a empresa municipal que dividirá com o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) a responsabilidade da colecção.

O ministério e a câmara partilharam os custos da aquisição do espólio em parte desiguais, pagando a administração central 70 por cento do montante total, quase 640 mil euros (o mecenas prometido não chegou a aparecer). Por ter pago menos, explicou Miguel Honrado, a autarquia, através da EGEAC e do seu Museu do Fado, ficará agora encarregada de garantir a fase seguinte, do estudo e digitalização dos registos.

"Não teria valido a pena comprar a colecção se ela ficasse fechada nas reservas de um museu. É preciso tratá-la e disponibilizá-la", afirmou.

Mal se assine o protocolo, uma equipa de investigadores dirigida pela directora do Museu do Fado, Sara Pereira, pelo musicólogo Rui Vieira Nery e pela etnomusicóloga Salwa Castelo-Branco, da Universidade Nova de Lisboa, darão início a um processo de inventariação, estudo e digitalização da colecção reunida por Bruce Bastin (ver caixa).

Conhecer a colecção

O acervo, que Rui Vieira Nery considera de extrema importância para a história do fado e da gravação fonográfica em Portugal, inclui cinco mil registos em 78 rotações feitos entre 1904 e 1945 pela major inglesa Gramophone e por editoras como a HMV e a Columbia. Mas há também três mil "rodelas" compradas no Brasil pelo coleccionador, que foram as últimas a chegar ao museu. São de Júlia Florista, Maria Vitória, Delfi da Cruz, António Menano e do popular Alfredo Marceneiro as principais vozes que Bastin reuniu.

"A colecção é muito importante, mas precisamos de conhecê-la melhor e de a dar a conhecer quando esse trabalho de estudo estiver feito", diz Miguel Honrado, acrescentando que ela deverá depois integrar um grande arquivo digital, uma das medidas previstas no plano de salvaguarda da candidatura do fado a património mundial, submetida à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em Junho do ano passado.

Nesta altura faltam seis meses para saber se o fado passará a fazer parte da lista do património imaterial da humanidade. Em Novembro o comité internacional da UNESCO reúne -se em Bali e o optimismo, tal como a responsabilidade, é grande. A candidatura, explica Miguel Honrado, impõe limites precisos ao plano de salvaguarda: "Tem de se cumprir entre 2011 e 2013, o que significa que temos pouco mais de dois anos para pôr o arquivo digital a funcionar, ou grande parte dele, pelo menos."

E, depois, a colecção mantém-se no Museu do Fado ou passa para o futuro Museu Nacional da Música? É possível que venha a passar para o museu do IMC, "mas nada está ainda decidido".

Em Maio do ano passado, o secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, anunciou que em 2014 o Museu da Música sairia das instalações que ocupa na estação de metro dos Alto dos Moinhos desde 1994, instalando-se no Convento de São Bento de Cástris, em Évora, um imóvel que está devoluto e cuja adaptação exigirá obras profundas, disse à data a directora regional de Cultura do Alentejo, Aurora Carapinha. Essas obras ainda não começaram.»

*

Mal se assine o protocolo será preciso iniciar um processo de inventariação, estudo e digitalização da colecção (Enric Vives-Rubio)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fado Património da Humanidade

Neste momento temos concerto de fado, ao vivo e "no ar", a ser transmitido via Facebook.

Veja AQUI

Apesar de não ser, nem de perto nem de longe, a mesma coisa que ver ao vivo um concerto, é sem dúvida de louvar que transmitam o fado e espero que, no futuro, esta seja uma forma de transmissão comum dos concertos, seja de que estilo forem.

Saudações!

Portal do Fado - "Contos de Fados" o novo disco de Aldina Duarte

Portal do Fado - "Contos de Fados" o novo disco de Aldina Duarte

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Amália Rodrigues Rasga o Passado

Para ouvir de olhos fechados...


Amália Rodrigues canta Rasga o Passado (Álvaro Duarte Simões / Alain Oulman)




Tu fizeste
Do meu viver um sonho agreste
E a minha mocidade
Pela tua maldade
Em troca te dei

Querias mais
Mais que o corpo e a alma
Mais que a paz e a calma
Que em ti nunca encontrei

Dia a dia
Em vez do amor a nostalgia
Que ao fim de tantos anos
Queres mais desenganos
De novo ao meu lado

Não posso esquecer
Que é já tarde demais p'ra te querer
Como carta que rasgas sem ler
Rasga o passado

O passado
Não deve nunca ser guardado
Quer em cada momento
Que se viva um lamento
Um sorriso fugaz

Pois mais tarde
Numa carta esquecida
Encontramos a vida
Que já ficou p'ra trás

É diferente
O sol feito de luz ardente
Do mesmo sol poente
Que arrasta consigo
O dia acabado

Já basta saber
Que há em nós a saudade a doer
Se afinal recordar é sofrer
Rasga o passado

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ídolos do Fado




Infelizmente o ano de 2010 não viu a reedição deste livro histórico e fora de circulação há bastante tempo. Continuamos à espera!