Para animar o fim-de-semana, deixo mais um testemunho desta voz que considero das mais lindas, versáteis, maviosas, que o fado viu nascer e crescer. Num timbre de eterna miúda, para que disso não haja dúvida, aqui fica mais uma homenagem àquela que foi, é e será sempre a figura central deste blogue, não desfazendo a constante aprendizagem ao conhecer cada vez melhor aqueles que compõem o universo fadista. É um autêntico prazer.
Hermínia Silva canta "
Sou Miúda" da autoria de Luís Ribeiro e João Fernandes
Gravação de 1958Nasci nos dias pequenos
E quando alguém me saúda
Ao ver-me assim desta raça
Diz sempre em ar de chalaça:
Lá vai ali a miúda
Sou miúda, mas que importa
Ai, não me rala o ser franzina
Gosto até da sorte minha
Que a mulher mais a sardinha
Só se quer da pequenina
E se Deus me fez assim
Ai, tornou-me mulher benquista
Deu-me esta voz para cantar
Deu-me um coração para amar
E deu-me alma de fadista
Por isso, vivo contente
Ai, sou como os outros mortais
Sou pequena, mas em suma
Não dou a palma a nenhuma
Chego onde chegam as mais